Muitas pessoas não conhecem a diferença entre lucratividade e rentabilidade, mesmo possuindo conceitos similares na aplicação do dia a dia dos negócios não são palavras sinônimas. Até em debates relacionados à liquidez do mercado financeiro é comum essas duas palavras serem usadas de forma muito comum.
Em diversos assuntos ligados ao mundo financeiro, ambas podem estar inter relacionadas para definição de vários tipos de abordagens a respeito do campo de investimento.
Dentro de uma empresa é importante não misturar as duas palavras para evitar conflitos de ideias e de objetivos, podendo prejudicar a eficiência da gestão de uma empresa.
É importante compreender a diferença entre as duas palavras e abordá-las de maneira correta para defender os reais objetivos dos projetos de uma empresa.
O que é lucratividade e rentabilidade?
Ambas as palavras estão constantemente relacionadas ao contexto de obtenção do lucro líquido de uma empresa, porém cada uma possui significado e função diferente.
Ao prever a taxa de retorno de um determinado investimento, calcular os percentuais de aplicação e de relativo lucro determinados projetos podem ser encaminhados para a revisão pelo simples fato de confundir a semântica desses termos, vejamos a seguir a definição do significado de cada uma.
O conceito de lucratividade
Essa palavra se refere a um tipo de indicador que demonstra o nível de ganho que um negócio consegue gerar em relação ao investimento recebido.
Ao abordar esse conceito nos referimos à margem de lucro líquido obtido em determinado período de tempo, com determinado conjunto de atividades e considerando determinada faixa de investimento.
O seu significado indica a relação entre o lucro líquido e o valor de cada venda em taxa percentual, calculando os reais ganhos da corporação em comparação com o faturamento.
Na prática, quando uma empresa vende determinado produtos ou serviço, parte do preço visa cobrir os custos de produção, distribuição, comunicação e entre outros, ficando uma outra parte como lucro para a empresa.
Sendo assim, o lucro líquido se refere ao valor que sobra depois de deduzir as despesas, custos e impostos.
O que é rentabilidade?
Esse termo se refere a um tipo de indicador conceitual que visa quantificar a capacidade de um investimento inicial de gerar retorno eficiente para o negócio.
Quando calculamos o quanto a empresa rendeu no último ano, estamos nos referindo ao investimento inicial aplicado. Na prática, quando um especialista fala em rentabilidade ele avalia se o lucro líquido obtido pela empresa foi promissor em comparação aos investimentos realizados pela empresa.
Se a empresa investiu 1 milhão de reais e depois de doze meses lucrou 200 mil reais ela teve baixa rentabilidade, mas se depois de doze meses o seu lucro gerou 2 milhões de reais líquidos a sua rentabilidade foi mais alta.
Dessa forma, o cálculo pode considerar o lucro líquido e a soma de investimentos em determinado período, ou considerar investimentos pontuais para gerar o cálculo e a análise de rentabilidade.
Assim, a gestão pode identificar se o investimento valeu a pena, se houve ganho substancial e real direcionamento do negócio.
Por outro lado, para saber se o negócio está sendo rentável é possível calcular a partir do resultado do caixa da empresa no final do ano e comparar o resultado com os investimentos realizados no mesmo período.
A medição certa
Ao conhecer o conceito correto de cada tipo de palavra e aplicação para calcular retorno e obtenção de lucro real, a empresa passa a ter melhor visão para medir corretamente seus investimentos.
É fundamental que a empresa sempre monitore o lucro final com dados oriundos do faturamento das vendas, e analise se o negócio é rentável comparando o lucro com os investimentos realizados.
Em todos os casos temos a comparação com o lucro líquido apontando para as análises diferenciadas a respeito do desempenho financeiro.
O conhecimento
Conhecer o que realmente a empresa ganhou em determinado período de tempo é importante para manter a empresa controlada.
Quando a empresa olha somente para o lucro e esquece de enxergar os fatores rentáveis, o gestor pode ter a visão de um falso sucesso de seus investimentos, ou seja, entra dinheiro, mas a quantidade de dinheiro que retorna pode não cobrir a quantidade de capital investido inicialmente.
Dessa forma é importante aplicar o conhecimento correto, contar com sistemas de gestão e medição constante. É importante obter receitas com as vendas de produtos e serviços, mas é essencial que a quantidade e os valores das receitas possam cobrir os custos iniciais, as despesas, o valor do investimento e gerar margem lucrativa.
Sabemos que não adianta uma empresa lucrar bastante em determinado período tendo altos investimentos atrelados com aquisição de equipamentos, treinamento e construção de estruturas de produção.
Em certos casos, a rentabilidade é alcançada depois de um período cuja taxa de retorno é altíssima e permite alta lucratividade.
Benefícios
Ao conhecer os conceitos de cada tipo de termo e sua aplicação no mercado, a empresa passa a ter maior consciência a respeito do dinheiro investido e do dinheiro que realmente retornou.
Ambos são diferentes, mas como falamos no início do artigo estão inter relacionadas, no longo prazo quando uma empresa é rentável não é lucrativa ela correrá o risco de não se manter a médio e longo prazo, principalmente, quando os custos são elevados.
Existem situações nas quais a empresa pode ser rentável no início de suas atividades, mas com baixo índice de lucro líquido sem permitir à empresa a recuperação do investimento.
Conclusão
Portanto, baixos índices de lucro e de obtenção de atividade rentável podem comprometer o tempo de vida da empresa.
Para a saúde da empresa é fundamental que exista equilíbrio entre os dois indicadores para que a corporação possa de fato cobrir custos, despesas e gerar lucro verdadeiro.
Essa abordagem faz parte de um processo de gestão eficiente que possa de fato ajudar no crescimento de uma empresa e sucesso de um negócio. Atualmente, além de abordagens metodológicas, é possível monitorar todos os dados através de softwares e aplicativos em tempo real, além de contar com a geração de informações mais complexas em determinado ciclo de tempo.